maio 15, 2020
Cuidados com a saúde mental dos Profissionais de Saúde
Este é um momento ímpar e todos nós, profissionais, pacientes, familiares e população em geral, estamos passando por uma situação nova que atinge o mundo todo. Neste momento, dúvidas, medo, insegurança e fragilidade psíquica aparecem. Abaixo algumas dicas do que podemos fazer para cuidar de nós profissionais de saúde e de quem está por perto e apresenta sofrimento emocional.
1 –
Apoie os colegas da
equipe multiprofissional, que podem estar em sofrimento emocional. Pergunte como estão se sentindo, como está o trabalho, seja proativo, devido a sobrecarga os profissionais podem estar em sofrimento e não manifestarem.
2 –
Siga as normas de segurança para realizar o seu trabalho, higienize as mãos com frequência e
utilize todos os EPIs de acordo com a necessidade do local ou do tipo de paciente atendido para se manter seguro.
3 – Pensamentos do tipo: ”estou assintomático e posso estar passando o vírus para outra pessoa”, ou “posso levar o vírus que está presente no meu local de trabalho ou quando me desloco para minha casa e meus familiares” podem aparecer. Neste momento vale você relembrar o motivo pelo qual está saindo de casa e de todas as medidas que você, profissional de saúde, está tomando para evitar um contágio, se reassegure que um dia você escolheu trabalhar na área de saúde e que neste momento
você é essencial e está fazendo tudo corretamente e
em prol de cuidar da vida de pessoas.
4 –
Coloque uma atividade prazerosa no seu dia, reserve um momento para você. São muitas notícias, algumas verdadeiras e outras falsas que chegam até nós, além disso, trabalhar em um momento assim exige muita energia. Portanto, faça uma pausa para você: escute música, leia, assista um filme, faça um exercício em casa, cozinhe, jogue um jogo, medite, faça algo que lhe dê prazer e que faça com que naquele momento você esteja fazendo algo que faz na rotina. Busque este lugar de normalidade, isto é saudável nos permite vivenciar que nem tudo está alterado, existem muitas coisas que podemos fazer e outras que temos que adaptar.
5 –
Encoraje as pessoas que falem sobre seus sentimentos e pensamentos com outras pessoas, sejam colegas, amigos ou familiares, seja de maneira presencial porque está no trabalho, seja à distância, pois quando não se trabalha também há o confinamento.
6 – Por fim, se mesmo fazendo todas estas ações ainda observar um colega angustiado ou você mesmo, não se sinta mal por sentir assim, é perfeitamente aceitável que nós, psicólogos e profissionais de saúde, não nos sintamos bem, pois afinal também estamos lidando uma situação que é nova e diferente.
Fontes: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein (SCIH) e Conselho Federal de Psicologia.
Foto: Ani Kolleshi
Esse é um texto informativo e não tem o objetivo de esgotar o assunto ou substituir consulta com um profissional especializado. Caso você se identifique com o texto, sugiro procurar a ajuda de um profissional que tenha conhecimentos teóricos e experiência prática na área.